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A esmagadora maioria dos professores da Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, aprovou terça-feira uma moção para manter a suspensão da avaliação do desempenho dos docentes. A escola presidida por Rosário Gama entende as alterações introduzidas para simplificação do processo são «meramente conjunturais» |
Apesar de o presidente da República ter promulgado a simplificação do processo de avaliação dos professores, a Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, mantém a decisão de suspender o processo.
Numa moção aprovada apenas com um voto contra e quatro abstenções, os professores da melhor escola pública do país declaram que não vão pôr em prática o modelo de avaliação defendido por Maria de Lurdes Rodrigues, por entenderem que este «não tem cariz formativo e não promove a melhoria das práticas, centrado que está na seriação dos professores para efeitos de gestão de carreira».
Para os docentes da escola presidida pela socialista Rosário Gama, as alterações introduzidas pela ministra e promulgadas por Cavaco Silva – que incluem a simplificação das fichas, a possibilidade de recusar a observação das aulas e de exigir ser avaliado por um docente da mesma área científico-pedagógica – são «pontuais» e «mantêm o essencial do modelo».
«Outras alterações como as que têm a ver com as classificações dos alunos e abandono escolar, são meramente conjunturais, tendo sido afirmado que esses aspectos seriam posteriormente retomados para efeitos de avaliação», lê-se no documento a que o SOL teve acesso e que critica também o facto de o processo de avaliação se basear no Estatuto da Carreira Docente «que promove a divisão artificial da carreira em categorias e que a esmagadora maioria dos docentes contesta». |
margarida.davim@sol.pt |
MOÇÃO APROVADA |
Os professores da Escola Secundária Infanta D. Maria suspenderam, por unanimidade, a sua participação em todos os procedimentos relacionados com a aplicação do Dec. Lei 2/2008, tal como sucedeu em mais de 450 Escolas ou Agrupamentos de Escolas. A necessidade sentida pelo Governo, na sequência das enormes manifestações de descontentamento levadas a cabo pela quase totalidade da classe docente, de alterações sucessivas do Modelo de Avaliação, mais não é que um reconhecimento inequívoco da sua inadequação pedagógica e da inaplicabilidade do Modelo. As alterações pontuais que foram introduzidas não alteraram a filosofia e os princípios que lhe estão subjacentes. Apesar de designado por Modelo de Avaliação, não o é efectivamente. Não tem cariz formativo, não promove a melhoria das práticas, centrado que está na seriação dos professores para efeitos de gestão de carreira. As alterações produzidas pelo Governo mantêm o essencial do Modelo, nomeadamente, alguns dos aspectos mais contestados como a existência de quotas para Excelente e Muito Bom, desvirtuando assim qualquer perspectiva dos docentes verem reconhecidos os seus efectivos méritos, conhecimentos, capacidades e investimento na Carreira. Outras alterações como as que têm a ver com as classificações dos alunos e abandono escolar, são meramente conjunturais, tendo sido afirmado que esses aspectos seriam posteriormente retomados para efeitos de avaliação. A implementação do Modelo de Avaliação imposto pelo Governo significa a aceitação tácita do ECD, que promove a divisão artificial da carreira em categorias e que a esmagadora maioria dos docentes contesta. Tendo em consideração o que foi referido anteriormente, os professores da Escola Secundária Infanta D. Maria, coerentes com todas as tomadas de posição que têm assumido ao longo deste processo, reafirmam a sua vontade em manter a suspensão do mesmo. (SUBLINHADO SPRC) |
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