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Lux Ad Lucem

Blogue de opinião e divulgação.

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24.Jan.09

Lamentavelmente, a sensatez é estranha ao Governo

 

Governo que prefere fazer questão de que domina os seus deputados, salvo as honrosas excepções. Mas, com isso, só reforça a ideia de que a maioria absoluta transforma a AR em mera delegação do Governo, em lugar de verdadeiro órgão de soberania, que deveria ser.
   

E como são penosas as palavras do ministro Santos Silva:

 

O «ministro dos Assuntos Parlamentares, que considerou que o chumbo do projecto do CDS-PP representaria «a vitória dos deputados livres que não se deixam chantagear, daqueles que não estão na câmara corporativa a defender interesses profissionais» e que «estão na Assembleia da República a defender os interesses dos portugueses». tsf

Os docentes não devem ser portugueses para o ministro, também conhecido pela sua loquacidade ajardinada.

 

Já agora, o ministro Santos Silva poderia explicar a razão porque o Grupo Parlamentar do PS sentiu necessidade de decretar expressamente a "disciplina de voto" aos seus deputados se eles são, na sua maioria,  tudo isso que o ministro refere?

O Governo julgará que está a dar mostras de força! Mas para que serve isso?

 

Para trazer tanquilidade à vida escolar não é concerteza.

 

A realidade é que este governo do engenheiro José Sócrates (diploma da Universidade Independente assinado num domingo) está profundamente desgastado.

 

Mas o pior, é que está a desgastar e a desesperar o país ainda mais.  Começa a ser difícil de encontrar algo a que o Governo tenha deitado mãos e que não tenha dado para o torto.

 

Não é só na educação...

 
   
A posição da Fenprof
Face à teimosia do Governo e da sua maioria (salvo honrosas excepções) professores suspendem esta avaliação nas escolas
FENPROF apoia os professores nesta luta e apela às escolas que ainda não suspenderam a avaliação que o façam. Será a melhor e, talvez, única forma de, neste processo, defender a Escola Pública e os interesses dos nossos alunos

A reprovação (23/01/2009) de mais um projecto de Lei que visava suspender o modelo de avaliação de desempenho e substitui-lo, este ano, por uma solução transitória, a adoptar este ano lectivo, confirma que o Governo e a esmagadora maioria do grupo parlamentar do Partido Socialista, apesar de isolados, estão determinados em manter o clima de grande confronto e forte conflito que, há tanto, arrastam contra os professores. Com a sua decisão, a esmagadora maioria dos deputados do PS, onde se incluem vários docentes, reafirmou que coloca o interesse partidário acima do superior interesse da Escola Pública que, mais uma vez, saiu a perder! Contra esta atitude do Governo e da sua maioria parlamentar, aos professores e educadores resta, numa atitude de grande responsabilidade e profissionalismo, aprofundar a luta que vêm mantendo nas escolas e os tem levado a suspender a aplicação da avaliação de desempenho e a recusar entregar os objectivos individuais de avaliação, subscrevendo documentos em que assumem essa decisão. São já centenas de escolas e dezenas de milhar de docentes que assumiram essa posição, o que acontece de forma contínua, verificando-se que, dia a dia, a lista aumenta de forma significativa. Nos últimos três dias foram 25 escolas a tomar essa decisão.

 

 

São já centenas de escolas e dezenas de milhar de docentes que assumiram essa posição, o que acontece de forma contínua, verificando-se que, dia a dia, a lista aumenta de forma significativa. Nos últimos três dias foram 25 escolas a tomar essa decisão.

A saber: Agrupamento do Real (Braga), Agrupamento José de Brito (Viana do Castelo), Agrupamento Dr. Júlio Dinis (Grijó), Escola Secundária de Ponte de Lima, Escola Secundária Infante D. Henrique (Porto), Agrupamento de Albergaria a Velha, Agrupamento Dr. Ferrer Correia (Mirando do Corvo), Agrupamento da Pedrulha (Coimbra), Agrupamento de Taveiro (Coimbra), Escola Secundária D. Dinis (Coimbra), Agrupamento Martim de Freitas (Coimbra), Agrupamento de Buarcos (Figueira da Foz), Agrupamento Brás Mascarenhas (Oliveira do Hospital), Escola Secundária Quinta das Palmeiras (Covilhã), Agrupamento Marquês de Pombal (Pombal), Agrupamento de Santa Maria (Beja), Escola Secundária de Alcanena, Agrupamento Conde de Ourém (Ourém), Escola Secundária Augusto Cabrita (Barreiro), Escola Secundária Vitorino Nemésio (Lisboa), Agrupamento José Maria dos Santos (Pinhal Novo), Escola Secundária Alves Martins (Viseu), Agrupamento de Tabuaço, Agrupamento D. Duarte (Viseu), Escola Secundária de Olhão.

 

Estes são os mais recentes exemplos, mas muitas outras escolas continuam a suspender a avaliação assumindo o que o Governo e a sua maioria absoluta teima em não fazer.

 

A FENPROF apoia os professores nesta luta e apela às escolas que ainda não suspenderam a avaliação que o façam. Será a melhor e, talvez, única forma de, neste processo defender a Escola Pública e os interesses dos nossos alunos.

 

O Secretariado Nacional da FENPROF
23/01/2009