Lamentavelmente, a sensatez é estranha ao Governo
Governo que prefere fazer questão de que domina os seus deputados, salvo as honrosas excepções. Mas, com isso, só reforça a ideia de que a maioria absoluta transforma a AR em mera delegação do Governo, em lugar de verdadeiro órgão de soberania, que deveria ser. | |
E como são penosas as palavras do ministro Santos Silva:
O «ministro dos Assuntos Parlamentares, que considerou que o chumbo do projecto do CDS-PP representaria «a vitória dos deputados livres que não se deixam chantagear, daqueles que não estão na câmara corporativa a defender interesses profissionais» e que «estão na Assembleia da República a defender os interesses dos portugueses». tsf |
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Os docentes não devem ser portugueses para o ministro, também conhecido pela sua loquacidade ajardinada.
Já agora, o ministro Santos Silva poderia explicar a razão porque o Grupo Parlamentar do PS sentiu necessidade de decretar expressamente a "disciplina de voto" aos seus deputados se eles são, na sua maioria, tudo isso que o ministro refere? |
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O Governo julgará que está a dar mostras de força! Mas para que serve isso?
Para trazer tanquilidade à vida escolar não é concerteza.
A realidade é que este governo do engenheiro José Sócrates (diploma da Universidade Independente assinado num domingo) está profundamente desgastado.
Mas o pior, é que está a desgastar e a desesperar o país ainda mais. Começa a ser difícil de encontrar algo a que o Governo tenha deitado mãos e que não tenha dado para o torto.
Não é só na educação... |
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A posição da Fenprof | |
Face à teimosia do Governo e da sua maioria (salvo honrosas excepções) professores suspendem esta avaliação nas escolas | |
FENPROF apoia os professores nesta luta e apela às escolas que ainda não suspenderam a avaliação que o façam. Será a melhor e, talvez, única forma de, neste processo, defender a Escola Pública e os interesses dos nossos alunos | |
A reprovação (23/01/2009) de mais um projecto de Lei que visava suspender o modelo de avaliação de desempenho e substitui-lo, este ano, por uma solução transitória, a adoptar este ano lectivo, confirma que o Governo e a esmagadora maioria do grupo parlamentar do Partido Socialista, apesar de isolados, estão determinados em manter o clima de grande confronto e forte conflito que, há tanto, arrastam contra os professores. Com a sua decisão, a esmagadora maioria dos deputados do PS, onde se incluem vários docentes, reafirmou que coloca o interesse partidário acima do superior interesse da Escola Pública que, mais uma vez, saiu a perder! Contra esta atitude do Governo e da sua maioria parlamentar, aos professores e educadores resta, numa atitude de grande responsabilidade e profissionalismo, aprofundar a luta que vêm mantendo nas escolas e os tem levado a suspender a aplicação da avaliação de desempenho e a recusar entregar os objectivos individuais de avaliação, subscrevendo documentos em que assumem essa decisão. São já centenas de escolas e dezenas de milhar de docentes que assumiram essa posição, o que acontece de forma contínua, verificando-se que, dia a dia, a lista aumenta de forma significativa. Nos últimos três dias foram 25 escolas a tomar essa decisão.
São já centenas de escolas e dezenas de milhar de docentes que assumiram essa posição, o que acontece de forma contínua, verificando-se que, dia a dia, a lista aumenta de forma significativa. Nos últimos três dias foram 25 escolas a tomar essa decisão.
Estes são os mais recentes exemplos, mas muitas outras escolas continuam a suspender a avaliação assumindo o que o Governo e a sua maioria absoluta teima em não fazer.
A FENPROF apoia os professores nesta luta e apela às escolas que ainda não suspenderam a avaliação que o façam. Será a melhor e, talvez, única forma de, neste processo defender a Escola Pública e os interesses dos nossos alunos.
O Secretariado Nacional da FENPROF |
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