A guerra financeira contra a Islândia
A única defesa contra uma política tão desastrosa é reconhecer que há melhores alternativas. Simplesmente não é possível para as economias astronomicamente endividadas de hoje "actuarem de modo a sair da dívida" com o velho truque de inflacionar a oferta monetária. Tentar fazer isso provocará o colapso da taxa de câmbio da divisa e desviará tanta receita para pagar credores – e transferirá tanta propriedade para fora dos habitantes locais – que uma nova espécie de economia pós capitalista de não produção/consumo será criada, cada vez menos capaz de ser auto-suficiente e independente, para não dizer nada acerca de ser justa e sustentável. A crise financeira da Islândia hoje é menos uma questão de direito internacional e sim de absoluto desrespeito à lei perpetrado pelos fornecedores da chamada democracia de mercado livre. Os países que pressionam a Islândia pelo pagamento impõem um conjunto de leis aos outros ao passo que seguem um conjunto muito diferente para si próprios. Ao pregar à Islândia acerca do direito internacional, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha romperam eles próprios a mais clara das leis internacionais – aquela contra travar guerra agressivas. Os seus propagandistas são habilidosos ao usar a linguagem do capitalismo e da moralidade, mas eles não são nem capitalistas nem morais. A sua estratégia financeira é jogar um antigo jogo psicológico. Eles fazem com que países como a Islândia se sintam culpados em relação aos seus devedores ao invés de reconhecerem que foram vítimas de um esquema Ponzi internacional. Em suma, o jogo é estabelecer "leis" para devedores na forma de programas de austeridade destrutivos moldados por credores irresponsáveis e na verdade parasitários. Esta "ajuda conselho" acaba no despojamento absoluto de activos, tanto públicos como privados. O despojamento de activos para pagar dívidas provocou colapsos vezes sem conta ao longo da história, mas é estranhamente subestimado no curriculum académico de hoje como uma "verdade inconveniente" para os interesses financeiros. O rendimento é sugado através de um esquema que é elegante e simples. As infortunadas vítimas – e agora economias inteiras, não apenas indivíduos – são manobradas para dentro de um moinho de dívida do qual já não podem escapar. Os credores acumulam sobre o crédito e deixam as dívidas crescerem com a "mágica do juro composto", sabendo que os seus empréstimos não podem ser reembolsados – excepto pela venda de activos. A produtividade de uma economia nunca pode acompanhar o ritmo dos juros compostos a acumularem-se exponencialmente. Seja o que for que fosse possuído é tomado pelos pagamentos de juros que nunca acabam. O objectivo é que estes pagamentos absorvam tanto excedente quanto possível, de modo que a economia nacional trabalhe com efeito para pagar tributo à nova classe financeira global – banqueiros e administradores de fundos mútuos, fundos de pensão e hedge funds. O produto que eles estão a vender é dívida. Eles constroem a sua própria riqueza ao endividar outros e então forçá-los a liquidações para compradores que assumem a sua própria dívida na esperança de efectuarem ganhos com os preços dos activos quando os preços da propriedade são inflados de modo impossível em relação aos salários do trabalho vivo. Isto tornou-se a nova e eufemisticamente alcunhada forma pós industrial de criação de riqueza – uma estratégia que agora está a lançar economias no colapso por todo o mundo |
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