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Lux Ad Lucem

Blogue de opinião e divulgação.

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19.Jan.07

A EVOLUÇÃO DA MOEDA – FORMAS E FUNÇÕES

 - O sedentarismo veio possibilitar a melhoria dos instrumentos de trabalho e o aumento da produtividade.

 

- O aumento da produtividade originou o aparecimento de excedente económico (diferença entre o que se produz e o que se consome)

 

- O aparecimento do excedente económico provocou e dinamizou o sistema de trocas. No início as trocas eram directas, isto é, trocavam-se  produtos por produtos.

 

INCONVENIENTES DA TROCA DIRECTA

 

- dificuldade que cada pessoa sentia em encontrar outra interessada na troca de determinados produtos

- o facto das pessoas atribuírem valores diferentes aos produtos, por vezes não fraccionáveis, não permitia o acordo quanto à transacção a efectuar.

 

 

O APARECIMENTO DA MOEDA

 

- Os obstáculos que se coloram à troca directa acabaram por ser ultrapassados quando a moeda passou na ser utilizada como intermediária nas trocas.

- As trocas passaram então, a ser feitas em duas fases: numa primeira fase, o produtor troca o resultado da sua acctividade por moeda e, numa segunda fase, troca a moeda pelo produto que pretende adquirir – é a chamada troca indirecta.

- A introdução da moeda no acto da troca veio permitir o incremento da actividade comercial e da actividade produtiva, bem como do consumo.

ÞA moeda pode ser definida como um bem de aceitação generalizada que se ulitliza como intermediário nas trocas.

 

FORMAS DE MOEDA OU TIPO DE MOEDA

 

A moeda ao longo da História evoluiu aparecendo sob diferentes formas:

- moeda-mercadoria

- moeda metálica

- moeda-papel

- moeda escritural

Moeda – mercadoria

 

Nas sociedades primitivas muitos foram os bens utilizados como moeda: gado; cereais;  sal , conchas; búzuios; peixes, etc.

Cada sociedade adoptava como moeda os bens relacionados com a sua actividade principal.

Assim, os pescadores utilizavam, como moeda, conchas, peixes ou sal; os pastores, o gado; os agricultores os cereais, etc- era a moeda-mercadoria.

Moeda – metálica

 

Como a moeda-mercadoria apresentava várias desvantagens visto que: o gado não era divisível, tal facto dificultava as trocas de menor valor, o peixe estragava-se e o sal não era duradouro porque sofria com a humidade.

Para superar estes inconvenientes foi-se generalizando , a utilização de metais como moeda.

 

Vantagens da utilização dos metais como moeda:

- facilidade de transporte

- durabilidade

- divisibilidade

- maior aceitação

Moeda-papel

 

Com os Descobrimentos houve um grande incremento da actividade comercial, o que originou o transporte de grandes quantidades de moeda, tarefa difícil e perigosa. Para resolver este problema os cambistas e os ourives ao receberem as moedas guardavam-nas e emitiam os respectivos certificados de depósito ou letras de câmbio, de fácil transporte, originando o aparecimento do papel-moeda.

A moeda-papel, constituída por notas de banco, foi assumindo diferentes espécies em função em função do grau de vinculação à moeda metálica.

A moeda-papel, constituída por notas de banco, começou por ser moeda representativa, pois à quantitade de notas em circulação equivalia igual valor de ouro ou prata retido nos cofres dos bancos.

No final do séc. XVII, esta nova forma de moeda já se tinha generalizado em toda a Europa

 

Moeda fiduciária

 

No séc. XVIII o Banco de Estocolmo emitiu pela primeira vez notas de banco cujo valor era superior à quantidade de ouro retida nos seus cofres. Surgiram assim, as primeiras emissões de moeda de papel a descoberto, ou seja, sem igual contrapartida de ouro retido nos cofres do banco. O valor do ouro depositado correspondia apenas a uma parte  do valor das notas emitidas. Este tipo de moeda é designado por moeda fiduciária por se basear na confiança que os clientes depositam nos bancos.

- Esta situação tornava-se arriscada para os depositantes, na medida em que os bancos encontravam-se incapacitados de reembolsar em ouro, em simultâneo, todos os seus clientes.

- No sentido de ultrapassar o problema, e já no século XIX, os governos vão intervir no mecanismo de emissão de moeda, confiando esta função apenas aos bancos emissores por si controlados. Esta medida  é acompanhada pela decisão de inconvertabilidade das notas de banco em ouro, cabendo aos governos estabelecer o valor  da moeda-papel emitida, podendo este valor coincidir ou não como valor do ouro depositado no banco emissor.

O Estado impôs o curso forçado às notas, dispensando o banco da sua conversão. É o aparecimento do papel-moeda, que é actualmente o tipo de moeda de papel em circulação.

MOEDA-PAPEL

- moeda representativa

- moeda fiduciária

- papel-moeda

 

MOEDA-ESCRITURAL

 

Esta moeda resulta dos depósitos feitos pelos particulares e pelas empresas nos bancos e traduz-se nas movimentações de valores monetários feitas pelos bancos por simples jogos de escrita nas contas dos seus clientes. A moeda-escritural resulta, assim, da circulação dos depósitos à ordem.

 

Actualmente, a circulação das quantias depositadas nas contas à ordem dos clientes dos bancos é processada por computador e movimentam-se através dos seguintes instrumentos: cheques, transferências bancárias, cartões de débito, cartões de crédito, etc

 

A moeda-escritural tem-se desenvolvido em todo o mundo, intervindo na maior parte dos pagamentos efectuados, dadas as suas enormes vantagens ao nível da divisibilidade, conservação e transporte.

FUNÇÕES DA MOEDA

A moeda desempenha em simultâneo várias funções:

- meio de pagamento ou instrumento geral de trocas, pois sendo aceite por todos, é utilizada na aquisição de todos os bens;

- unidade de conta ou medida de valor, visto ser através da moeda que se mede o valor dos bens entre si, isto é, o seu preço.

- reserva de valor, que se traduz na possibilidade de se conservar a moeda por algum tempo, utilizando-a mais tarde.

A DESMATERIALIZAÇÃO DA MOEDA

Da moeda-mercadoria até aos nossos dias desenvolveu-se um longo processo de desmaterialização da moeda. Isto é,  a moeda foi perdendo o seu conteúdo material, pois passou a ser formada por pedaços de papel impressos, legalizados pelo Banco Central (papel-moeda) e, mais recentemente, por meros registos contabilísticos, efectuados pelos bancos, da circulação dos depósitos (moeda escritural), não tendo a moeda já nenhuma realidade material.

O incremento das trocas e o desenvolvimento da actividade económica são responsáveis pelo progressivo recurso à moeda escritural, que torna o processo de transacção fácil e mais rápido.

Actualmente, enormes quantias circulam entre contas bancárias no mesmo país, ou entre países, através de meios electrónicos, o que constitui mais um passo no  processo de desmaterialização da moeda – grande parte das transacções actuais são efectuadas através da movimentação contabilística dos depósitos por via informática.

18.Jan.07

O Capital – noção e tipos de capital

São muitos os significados atribuídos ao termo capital e subjacentes a todos  está a ideia de riqueza. Contudo, riqueza e capital nem sempre são termos  sinónimos.

A riqueza só é capital se estiver ao serviço  (se for utilizada) do processo produtivo. Isto é, o dinheiro e a riqueza apenas se podem considerar como capital se estiverem ligados à produção e se forem utlizados na aquisição de equipamentos relacionados com a produção nomeadamente edíficios, matérias-primas, máquinas, etc.

 

 

TIPOS DE CAPITAL

 

 

Capital financeiro: representa todos os meios financeiros que uma empresa pode dispor e é constituído pelo capital próprio e pelo capital alheio.

 

 

 

Capital próprio: conjunto dos valores constituídos  pelo financiamento dos proprietários da unidade produtiva. Exº o valor das quotas dos sócios.

 

 

 

Capital alheio: conjunto dos valores que constituem o financiamento de terceiros, isto é, o conjunto dos valores que a empresa dispõe e utiliza, mas que não lhe pertencem. Exº os empréstimos obtidos.

 

 

Capital técnico:  todos os bens que permitem a produção de outros bens e divide-se em capital fixo e capital circulante. Exº as instalações, ss matérias-primas, as ferramentas, etc

 

Capital fixo: meios de produção utilizados durante vários anos de produção e que se vão desgastando lentamente  (devido à utlização e ao passar do tempo) durante um período de tempo longo. Exº os edifícios as máquinas, etc.

 

Capital circulante: meios de produção (matérias-primas e subsidiárias) que se vão incorporando nos produtos acabados.

 

Capital natural: todos os bens fornecidos pela natureza não renováveis e aqueles que se encontram em estado progressivo de escassez em virtude da sua utilização desenfreada, mesmo que sejam bens livres.

 

 

 

Capital humano: é a capacidade de trabalho  do ser humano. A ideia de capital humano surge associada à produtividade dos trabalhadores. Está provado que esta capacidade pode ser aumentada, desde que se eleve o nível das qualificações académicas e profissionais.

 

 

 

PRODUTIVIDADE

Produtividade: representa a relação existente entre o que se gasta e o que se produz, permitindo conhecer o valor da produção por unidade de recurso utilizada.

 

Produtividade total= Quantidade do produto/Quantidade dos factores de produção

 

Produtividade média do factor trabalho=Valor do produto/Quantidade de trabalho[1]

 

 

Produtividade média do factor capital= Valor do produto/Stock de capital fixo.

 

IMPORTÂNCIA DO CÁLCULO DA PRODUTIVIDADE

 

A determinação da produtividade é muito importante porque ajuda a decidir sobre o nível óptimo de investimento. Assim, um investimento só é compensador – seja em recursos humanos, seja em recursos materiais – se o resultado obtido for superior, a prazo, ao valor do investimento efectuado. Desta forma, os empresártios. A fim de determinar sobre o emprego a criar, determinam a produtividade marginal do trabalho.

 

Produtividade marginal do trabalho=Acrécimo de produto/ acréscimo de uma unidade de trabalho.

 

A produtividade marginal do trabalho representa o aumento de produção decorrente de um investimento unitário (mais um trabalhador, mais uma hora de trabalho, etc)

 

Produtividade marginal do capital= Acréscimo de produto/Acréscimo de uma unidade de capital

 


[1] A quantidade de trabalho pode ser expressa em número de trabalhadores ou em horas de trabalho.

18.Jan.07

CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO

CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO CURTO:  caracteriza-se  pela existência de um  número reduzido de intermediários entre o produtor e o consumidor. Os produtos saem directamente dos produtores para os retalhistas que os vendem aos consumidores.

 

RETALHISTAS: São comerciantes que compram os produtos aos produtores ou a outros intermediários e vendem-nos directamente aos consumidores.

 

 

 

EXEMPLO DE UM CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO CURTO:

 

PRODUTOR   ------- RETALHISTA ------------- CONSUMIDOR

 

 

CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO LONGO: caracteriza-se  pela existência de um  vários intermediários entre o produtor e o consumidor. Os vários intermediários podem ser importadores, armazenistas, transportadores, agentes comerciais, etc. Todos os intermediários que se situam entre o produtor e o retalhista, designam-se por grossistas. Ao contrário dos retalhistas, os grossistas não vendem aos consumidores finais.

 

EXEMPLO DE UM CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO LONGO:

 

 

PRODUTOR ---- IMPORTADOR ----- ARMAZENISTA -------- TRANSPORTADOR ----- RETALHISTA ------- AGENTE COMERCIAL ----- ----- CONSUMIDOR

 

 

O circuito de distribuição longo é utilizado sobretudo em produtos de grande consumo que exigem um elevado número de retalhistas, por exemplo, produtos de limpeza da casa, lacticínios, brinquedos, etc. Este tipo de circuito visa cobrir uma grande aéra geográfica e chegar ao maior número possível de potenciais clientes.

 

COMÉRCIO: conjunto de actividades relacionadas com a distribuição dos produtos e que permitem aos consumidores aceder aos produtos que pretendem. Os agentes económicos que se dedicam ao comércio são designados de comerciantes.

 

 

TIPOS DE COMÉRCIO:

 

QUANTO À RELAÇÃO DE PROPRIEDADE:

 

- Comércio Independente

- Comércio   Integrado

 

QUANTO À ESTRATÉGIA DE COMERCIALIZAÇÃO:

 

- Comércio Tradicional

- Hipermercados

- Comércio Especializado

- etc

 

 

COMÉRCIO INDEPENDENTE: este tipo de comércio engloba os comerciantes que detêm a propriedade dos seus estabelecimentos e não estão ligados jurídicamente a outros intermediários.

 

 

COMÉRCIO INTEGRADO: neste tipo de comércio existem vínculos jurídicos entre os vários intermediários que actuam no circcuito de distribuição. As relações que estabelecem entre si podem ser a nível de interesses, de gestão de actividades, e de propriedade das empresas respectivas. As lojas ZARA são um exemplo de comércio integrado onde existe a propriedade de todo o circuito de distribuição.

 

 

FRANCHISING (É UM TIPO DE COMÉRCIO INTEGRADO) que consiste num contrato em que uma empresa, o franchisador, concede a outra empresa, o franchisado, por contrapartida de um pagamento, o direito de se apresentar sob a sua marca para vender produtos ou serviços. As lojas da Benetton são um exemplo de franchising.

 

 

VANTAGENS DO FRANCHISING PARA O FRANCHISADOR:

 

- facilidade de acesso ao mercado

- controlo do canal de distribuição

- investimento reduzido, dado que são os franchisados que suportam os custos com as novas lojas

- risco repartido com o franchisado

Motivação acrescida do retalhista franchisado

 

 

VANTAGENS DO FRANCHISING PARA O FRANCHISADO:

 

- benefício de comerciar produtos com notoriedade

- crescimento rápido do negócio

-  co-propriedade de uma insígnia com notoriedade

- acesso  a formação de vanguarda ao nível das técnicas de merchandising e gestão comercial, etc

 

 

 

 

COMÉRCIO TRADICIONAL: é uma forma de comércio a retalho localizado sobretudo junto dos bairros residenciais em lojas com pequena área e  poucos empregados e que comercializam principalmente  produtos alimentares de higiene e de limpeza da casa. No comércio tradicional a estratégia de comercialização passa por um tratamento personalizado do cliente.

 

 

 

 

HIPERMERCADO E SUPERMERCADOS: localizam-se essencialmente nas periferias das cidades e comercializam uma grande variedade de produtos, desde alimentares, higiene, electrodomésticos, papelaria, livraria, etc. A sua dimensão exige muitos empregados.

 

 

COMÉRCIO ESPECIALIZADO: especializa-se num produto, num tipo de cliente, num conjunto de produtos afins ou num determinado tema ou assunto.

 

 

 

MÉTODOS DE DISTRIBUIÇÃO:

 

VENDA DIRECTA

 

VENDA À DISTÂNCIA

 

 

VENDA DIRECTA: o comerciante vende os seus produtos ou presta os seus serviços directamente ao cliente. A venda directa pode ser exercida na loja, porta a aporta ou em venda ambulante.

 

VENDA À DISTÂNCIA: neste método de distribuição não há contacto directo, físico, entre o vendedor e o comprador. A venda à distância pode ser efectuada por correspondência, por catálogo ou por comércio electrónico.

16.Jan.07

Emprego jovem enfrenta crise mundial

Mais de 125 milhões de jovens trabalhadores vivem actualmente em situação precária. Entre 1995 e 2005, o desemprego juvenil aumentou em dez milhões.

Um em cada três jovens ou está neste momento à procura de trabalho ou, se está empregado, recebe menos de dois euros por dia. As conclusões são do estudo "Tendências Mundiais de Emprego Juvenil", divulgado hoje pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Nos últimos dez anos, o número de jovens desempregados, entre os 15 e os 24 anos, aumentou de 74 milhões para 85 milhões. No seu conjunto, os mais novos já representam quase metade da totalidade das pessoas que não conseguem arranjar trabalho. Comparados com os adultos, os jovens têm três vezes mais probabilidades de ficar sem trabalho.

O número de jovens desempregados é por si só dramático, mas as condições de trabalho de quem o tem conseguem ser talvez ainda mais assustadoras. Actualmente, existem 125 milhões de jovens trabalhadores a viver em situação precária. Trabalham muitas horas, a baixo custo e sem protecção social. Cerca de vinte por cento dos jovens vivem com um euro de remuneração diária. O Norte de África e o Sudeste Asiático são as regiões mais afectadas pelas más condições laborais.

Dentro do próprio mercado de trabalho juvenil existem também desigualdades. Sexos, raças e idades são alvo de escrutínio das entidades empregadoras. Em alguns países um grau académico mais elevado chega mesmo a ser “um estorvo”.

Paula Cosme Pinto

Expresso

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