A cultura e o Marketing
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Nas cidades actuais os automóveis privados já ocupam cerca de 70 por cento do espaço público. Um dia, isto será insustentável, diz o especialista em ecologia urbana, Francisco Cárdenas. Em Espanha, há cidades que já mudaram radicalmente. Portugal está a tentar.
Quando na quinta-feira passada o avião de Francisco Cárdenas se aproximou de terra, à chegada ao Porto, o espanhol não pôde deixar de reparar no aglomerado de casas que se vislumbrava. "Parece que dispararam casas do céu e elas caíram em todas as partes. Olhes para onde olhes, vês casas." O Porto, e toda a sua área metropolitana, é um exemplo daquilo a que o director de programação e planeamento da Agência Ecologia Urbana de Barcelona chama "cidade difusa", o protótipo que está, pouco a pouco, a apoderar-se da Europa: um modelo que tem no carro o elemento central de construção das cidades, que faz do cidadão um mero actor secundário. Em Barcelona já muita coisa mudou. Portugal tem muito caminho pela frente.
O nosso trabalho é pôr ordem. Não somos gestores nem construtores, apenas damos apoio às cidades que têm vontade de implementar processos com outros critérios. Quando os arquitectos desenham uma casa pensam muito no conforto - as cores, a luz, a temperatura, o solo -, no espaço público não se pensa nisso. Quer desenhar cidades como se desenham casas? Será insustentável. Gostaria de saber o que vai acontecer quando o barril de petróleo estiver outra vez a 200 euros, quando for um bem escasso... e nós continuarmos a depender dele. Em menos de 20 anos os recursos acabam. Agora, vivemos como se os recursos fossem infinitos, fazemos cidades como se a energia fosse infinita, como se a tecnologia resolvesse tudo. E olha-se para o PIB e parece que está tudo bem. Se se vendem mais carros, é possível que ele cresça. A ver se começamos a mudar mentalidades. Não é nada fácil. É que há pessoas que aqui [aponta para a cabeça] a única coisa que têm é um automóvel. |
Público |
“Focalizar o que é comum aos seres humanos” |
Entrevista com Christoph Antweiler sobre universais culturais |
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347 idosos recorreram no ano passado à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) para denunciar maus tratos físicos (217 queixas) e psíquicos (225). Nos últimos cinco anos, 2.483 pessoas recorreram à associação. 2001 foi o ano mais negro, com 477 pessoas com mais de 65 anos a denunciarem terem sido vítimas de violência.
A associação assinala quinta-feira o primeiro dia anual de alerta sobre esta realidade que é "mais densa e grave" do que os números agora revelados, diz ao JPN José Félix da Silva, da APAV.
As estatísticas são um "reflexo muito diminuto" e a "ponta do icebergue" deste tipo de violência. Até porque os idosos que recorrem à APAV geralmente já sofrem maus tratos há algum tempo e escondem-nos por "vergonha" ou "falta de informação". Segundo a APAV, todos os dias milhares de idosos são vítimas de violência física, psíquica ou financeira. A maior parte da violência sobre pessoas com mais de 65 anos é praticada por companheiros (128 queixas) ou pelos filhos (101). A grande maioria dos agredidos é do sexo feminino. Os dados foram recolhidos em Lisboa e Porto, pelo seu peso populacional, mas segundo a associação esta realidade existe também nas zonas rurais.
A APAV juntou-se à Rede Internacional de Prevenção Contra a Violência sobre Pessoas Idosas e vai passar a dedicar o 15 de Junho a este tema. A associação convidou autarquias e instituições locais a dinamizarem actividades de sensibilização.
José Félix da Silva sublinha ainda a importância de "investir na qualidade de vida dos idosos" para que eles tenham uma "vida autónoma sem que fiquem à mercê de familiares violentos". A APAV defende o "reforço de mecanismos de apoio domiciliário, ocupação de tempos livres e actividades de cariz cultural" dedicadas aos maiores de 65 anos, medidas essenciais numa sociedade a envelhecer. |
JPN |
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A PSP do Seixal localizou hoje, naquele concelho, um rapaz de 14 anos de Ponte da Barca que, segunda-feira, teria fugido de casa, com o carro dos pais, para se encontrar com umas amigas que conhecera pela Internet.
O comandante da PSP do Seixal disse à Lusa que agentes da Escola Segura localizaram primeiro o automóvel, junto à Escola Básica 2,3 de Pinhal de Frades, e logo a seguir o rapaz.
"O jovem está bem, está à nossa guarda, e a família já foi contactada, para o vir buscar", acrescentou.
Segundo fonte da GNR de Viana do Castelo, o rapaz, que frequenta um curso profissional em Arcos de Valdevez, terá saído de casa na segunda feira, com o carro dos pais.
"Tudo indica que foi ele mesmo quem conduziu o carro até ao Seixal, mas ainda não temos certezas. Pode também ter-se dado o caso de ele ter ido com amigos mais velhos", referiu a mesma fonte.
As autoridades policiais passaram a pente fino o histórico do computador do rapaz, tendo concluído que as últimas conversas e as últimas pesquisas "apontavam todas para o Seixal".
Através das redes sociais, o rapaz terá conhecido "umas raparigas" do Seixal, presumivelmente também menores, "e decidiu pôr os pés a caminho".
Antes de pegar no carro dos pais e em "algum dinheiro" para a viagem, inteirou-se do mapa de estradas entre Ponte da Barca e Seixal, uma viagem superior a 400 quilómetros.
Hoje, foi encontrado fora da EB 2,3 de Pinhal de Frades, na companhia de duas raparigas.
Residente em Nogueira, Ponte da Barca, o jovem é filho de um camionista de longo curso. |
JN |