A posição da Fenprof e da Fne face às manobras eleitoralistas do Governo
FENPROF: |
«Para os professores e para a Fenprof, o que o Conselho de Ministros aprova ou deixa de aprovar sobre o Estatuto é indiferente, porque o objectivo dos professores é acabar com este estatuto. Eliminar, revogar e susbtituir por outro que dignifique a profissão», afirmou à Agência Lusa o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
Nesse sentido, acrescentou Mário Nogueira, a Fenprof vai pedir ao próximo Governo a revisão do ECD, já que o actual estatuto, mesmo «retocado e com ajustamentos, não serve».
«O Governo não quis abrir mão das soluções negativas, como a divisão da carreira, as quotas para atribuição das classificações mais elevadas e as vagas no acesso a titular. Tudo o que tem vindo a ser aprovado não passa da sua consolidação», acrescentou o sindicalista. |
FNE: |
Por seu turno, a dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) Lucinda Manuela sublinha que as alterações hoje aprovadas não respondem «às exigências» dos professores e acusou o Governo de ter feito «tábua rasa» das propostas sindicais.
«Priviligiar a mesa negocial é fundamental e prioritário. A partir de dia 27 de Setembro, seja qual for o Governo, vamos exigir a abertura de processo negocial para revisão e correcção do ECD», afirmou.
A dirigente sindical reconheceu, no entanto, que a redução do número de anos de permanência nos primeiros escalões da carreira é «benéfica» para os professores, mas que se mantém contrangimentos de «fundo» como a divisão «administrativa e artifical» da carreira em professores e professores titulares.
«Entendemos que a carreira docente deve ser valorizada e dignificada. Este estatuto não o permite», afirmou Lucinda Manuela, em declarações à Lusa. |
Notícia do Sol |
É lamentável que o Governo procure usar os problemas da educação, que em boa parte foi ele que os criou, para manobras eleitoralistas de última hora, em lugar de adoptar, finalmente, uma postura séria e de negociação que abra caminho às soluções que se desejam.
Mas esperar isso deste governo, dirigido por José Sócrates e com Maria de Lurdes como ministra da Educação, seria esperar demais, verdadeiramente o impossível.
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