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Blogue de opinião e divulgação.

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18.Out.09

Mais de 100 licenciados deixam o país todos os meses

17-10-2009 por Isabel LeiriaFonte: Expresso
Emigração Falta de saídas profissionais motiva a fuga de milhares de jovens qualificados. Lá fora sentem-se valorizados e não querem voltar tão cedo

Mais de 100 licenciados deixam o país todos os meses

Portugal está no top da fuga de cérebros
Textos ISABEL LEIRIA e JOANA PEREIRA BASTOS

[...] Como Ana Cristina, mais de 100 licenciados abandonam Portugal todos os meses em busca de um emprego à altura das suas habilitações e de um salário condigno. O número peca por defeito, admite o próprio presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), já que os dados só contabilizam quem estava registado nos centros de emprego e comunicou que ia partir. Milhares de outros tomam a mesma decisão sem avisar.

 

No início da década, eram já 146 mil os licenciados portugueses que tinham emigrado, segundo os últimos números do Banco Mundial. Portugal é, aliás, o terceiro país da OCDE mais afectado pela "fuga de cérebros", ou seja com maior percentagem da sua população qualificada a viver no estrangeiro (quase 15%), apenas atrás da Irlanda e da Nova Zelândia.

 

[...]

 

A fuga não deverá parar. Por falta de perspectivas em Portugal, entre os quase 49 mil diplomados inscritos nos centros de emprego, 7500 já manifestaram a intenção de partir. Os que já foram não fazem planos de regressar tão cedo. Apesar das saudades "dos cafés decentes, dos tremoços, do sol, do cheiro a maresia e dos amigos e familiares" que não puderam levar na bagagem.

 

 

 

Portugal está a empenhar o seu futuro.  O nosso país, tal como funciona, está bom para as grandes fortunas,  mas para todos os outros portugueses nem por isso, sobram as dificuldades e o futuro é-lhes negado.  Muitos, os mais jovens e também muitos altamente qualificados, partem! Com eles, levam uma boa parte do presente e do futuro do país!

 

Porquê?

 

A emigração alimenta-se do subdesenvolvimento. E aqueles que são senhores, no Portugal relativamente atrasado, interessa-lhes manter a emigração para que a situação interna não se altere  por aí além  de modo a que o seu domínio se mantenha.